19 de jun. de 2013

Era uma vez

Era uma vez, em um tempo não tão distante, uma família interessante.
Mãe e filhos vivam em uma casa simples, porém grande.
Os filhos sofridos trabalhavam noite e dia,
Sofrendo e cansados, mas com imensa alegria.
A mãe por sua vez dizia-se rica.
Explorava seus filhos, maltratava suas cria.
Negava-lhes Saúde, Assistência e Educação.
A eles dava apenas migalhas e achava que estava bom!
Certo dia a história mudou.
De tanto serem maltratados, os filhos se revoltaram!
Pegaram cartolina, canetinhas e lápis de cor.
Escreveram frases que expressavam sua dor.
Foram unidos para o quintal de sua casa.
Abriram as janelas, suas mentes, suas asas.
Fizeram barulho, e os seus vizinhos ouviram.
Na agitação, alguns pisaram na grama,
Arrancaram algumas flores do chão.
Porém não eram todos, era uma exceção.
Juntaram-se com sintonia, sem baderna, sem selvageria.
Mas a revolução não era contra a mãe, como todos pensavam.
Eles queriam apenas atenção, mudar o que tanto os incomodava.
Amavam sua mãe e queria que Ela abrisse o olho.
Diziam: “- Estamos com você todos os dias, não apenas em dia de jogo!”
O final da história não foi contado ainda por quem presenciou aquele dia.
Dizem que a mãe continuou firme, irredutível, implacável.
Outros dizem que ela não agüentou a tanta pressão, teve um colapso.
Mas o certo é que aquela casa nunca mais foi a mesmA.
Aqueles filhos nunca mais foram os mesmos.
E a mãe, apesar de confrontada, estava orgulhosa e pôde reconhecer:

“UM FILHO MEU REALMENTE NÃO FOGE DA LUTA!”

Um comentário:

Snara Salvador disse...

Você sempre soube transformar em poesia aquilo que grita sua alma. Parabéns pelo texto, pena que só o li hoje, quase um ano depois, mas acredito que se o tivesse lido na época da postagem, ele seria mais uma estrofe do canto de um país inteiro. Que Deus continue te abençoando!!

Snara.